quarta-feira, 2 de novembro de 2011

A vida depois da morte




Nosso pároco, José Cícero, recomenda este belo texto como leitura para este
 dia em que lembramos dos entes queridos. Apreciemos:

 Um homem tinha três amigos. Certa vez foi, injustamente, acusado de um
 roubo. Desejando provar sua inocência procurou, para depor a seu
 favor, o amigo predileto. Este, porém, se recusou alegando ter muitos
 compromissos. Recorreu, então, ao segundo amigo, pelo qual tinha
grande estima. Este disse-lhe que o acompanharia somente até a porta
do tribunal, pois não desejava envolver-se em casos de justiça. O
terceiro amigo, de quem não esperava ajuda, foi esse, quem o atendeu
 prontamente. Acompanhou-o ao tribunal, defendeu-o e o livrou da
 injusta acusação.

TAMBÉM nós temos três amigos. O primeiro, o predileto de muitos é o
dinheiro. Quando chega a morte,  não nos acompanha. O segundo,  é
representado pela família, que nos acompanha somente até à beira de
 nossa sepultura. O terceiro amigo, tantas vezes menosprezado, são as
nossas boas obras. Somente elas podem nos defender e garantir a
salvação.

 É NO DIA 2 de novembro – Dia de Finados - que mais lembramos os
 falecidos de nossa família e comunidade. Visitamos os cemitérios.
Levamos flores. Acendemos velas. Rezamos pelos nossos familiares e
 conhecidos que nos deixaram. Prometemos que se voltassem a
 convivência, cada minuto seria vivido com mais intensidade e alegria.
Inútil! Só o silêncio nos responde: “O que eu fui, você é. O que eu
sou, você será”.

MORRER todos morrem, mas é preciso saber morrer. A morte é bela quando
 a vida é bela. Que significa isso? Significa viver dando a vida por
 alguém: Jesus Cristo. Dar a vida é dedicar tempo para o bem dos
outros. É doar as próprias capacidades servindo à comunidade. É fazer
da vida um presente para os outros. Morre-se bem quando vive-se bem.

UM DIA fui ao enterro de uma mãe de família. Tinha nas mãos uma cruz
de Cristo. O esposo explicou que a cruz simbolizava a vida da santa
esposa e mãe. Na hora da morte como é lindo colocar nas mãos algo que
simbolizava a realização da vida! Mãos frias, mas quentes de boas
 obras e serviços prestados.

PARA a pessoa de fé o que parece morte torna-se vida, vai para “Casa
do Pai”. Daí a expressão tão bela, conhecida desde o início do
 cristianismo: “Adormecer em Cristo”. A morte para quem acredita em
 Cristo e para quem fez o bem é uma recompensa, pois as boas obras
serão uma fonte de felicidade para as pessoas. E São Paulo nos diz:
“Se cremos que Jesus morreu e ressuscitou assim também os que morrem
em Jesus, Deus há de levá-los em sua companhia” (1TS 4,14). E a vida
continua.

+ Itamar Vian 
Arcebispo Metropolitano

Dom Itamar Vian 




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