A Pastoral da Saúde sempre visa
contribuir na promoção da saúde em todas as suas dimensões para que as pessoas
possam ter na sua realidade, vida em abundância (Jo 10,10), sinal do reino de
Deus entre nós.
A vida em abundância que Jesus
veio trazer, hoje passa pela mediação de toda a humanidade a começar pela
própria pessoa que precisa constantemente fazer escolhas que promovam em si
mesma o cuidado da vida, a proteção. Todos nós, somos frutos de nossas
escolhas, portanto precisamos estar sempre escolhendo e decidindo por aquilo
que nos faz ter mais saúde e, assim, mais vida.
A visita ao doente é um dos
aspectos importantes para o restabelecimento da pessoa. Ela pode ser um meio
para estimular a recuperação da saúde, seu bem estar, avivar sua esperança,
pela fé de quem a visita.
Para visitar uma pessoa doente
precisamos ir conhecendo sempre mais o que dizer o que não dizer, o que é o
melhor para a pessoa, a fim de não irmos visitar um doente para desabafar todas
as nossas mágoas, nossos problemas e, nem tampouco, para ir contar nossas
histórias de doenças pelas quais passamos.
A escuta é o princípio e o
fundamento de toda visita. A escuta é a necessidade maior da qual a humanidade
precisa para poder se reintegrar e superar muitos sofrimentos pelos quais está
passando. Em nossa experiencia pessoal, podemos constatar o quanto a escuta nos
tem feito bem, nos tem ajudado.
Escutar é bem mais profundo do
que simplesmente ouvir. Escutar é a ação de acolher a pessoa com todos os
sinais do seu corpo, do seu semblante. A pessoa pode estar falando palavras,
mas sabemos o quanto seus sinais e expressões estão comunicando algo muito mais
profundo de seu sofrimento, de suas expectativas, de suas necessidades.
Ouvir com o coração é um grande
desafio, pois nossa tendência é a de preparar as respostas imediatas ao que a
pessoa doente está falando, ou até cortamos o assunto para demonstrar nosso
conhecimento, nossas sugestões e às vezes até passamos a receitar terapias e
medicamentos que “nos ajudaram e que nos
fizeram tão bem”, achamos que isto vai ajudar também a promover a saúde na
outra pessoa. Mal pensamos que a sua história de doença é outra, a realidade da
pessoa doente é outra, o que contribui para que ela adoecesse é outra realidade.
Vamos refletir um pouco em, como
estamos realizando nossa visita aos doentes, para melhor qualificar as mesmas e sermos pessoas
de escuta, de fé e de esperança. Haverá visitas nas quais vamos ser apenas uma
presença junto da pessoa doente e não precisamos dizer nada. A nossa presença
fala do Deus da vida que carregamos dentro do nosso coração. O doente precisa
crer que nós cremos na vida, que nós cremos em Deus. Na próxima reflexão
falaremos sobre o tempo da visita e algumas expressões que ajudam e outras que
não ajudam na visita às pessoas doentes. Que Jesus, o médico por excelência nos
faça servidores da vida.
Ir.
Marisa Inêz Mosena
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Paz e bem!
A Paróquia Nossa Senhora do Perpétuo Socorro agradece a sua colaboração através deste comentário.
Que a graça e a paz de Jesus, nosso Salvador, acompanhem você e sua família sempre!